Piedade é Para Os Fracos

10º Episódio
Capitulo I
O acampamento de Magno era um lugar místico e escondido entre montanhas e vales, no reino dos elfos de luz, distante e neutro das confusões que aconteciam no mundo dos humanos. Não digo com isso, que os Ciganos não fossem humanos... Mas era um povo místico protegido das mazelas do mundo. Quando Larissa procurou Elessar para que os abrigasse na “Floresta negra” Foi justamente por ser um povo diferente. Principalmente por seu Rei ser uma “bola de Cristal” e sua Rainha um “Tigre”.
Naquele lugar ela encontrou proteção para seu filho. Num lugar mágico, onde seres dos mais diversos reinos se encontravam, tanto para conhecer melhor os “Renomados elfos de Luz” como para conhecer um futuro amor. Todos conviviam juntos neste lugar propenso a romances.
Mas não era somente de amor que vivia a “Floresta negra” de Laht.
Existiam outras coisas e outros seres mais complexo neste mundo tão belo e encantador.
Existiam fenômenos sobrenaturais escondido dos olhos dos desavisados. Assim como:
As inimizades entre os reinos desse mundo místico!
Os feiticeiros oportunistas e desejosos do poder que existia naquele reino.
Às vezes os planos maléficos desses feiticeiros das sombras eram descobertos pelos elfos à tempo de evitarem uma catástrofe maior.

Era nessa clareira na “Floresta Negra” escondida de olhos bisbilhoteiros!
Que o Astro Rei derramava seus raios energéticos sobre o acampamento cigano.
Os raios penetravam pela Janela da tenda do Cigano Magno que despertou de sobressalto, passando a mão no pescoço... Ele ainda estava sentado na poltrona e completamente nu... Olhou ao redor ainda sonolento e viu seu pai na cama dele recostado e lendo um livro. Magno pediu a benção e perguntou desde que horas ele estava ali. Dedylson respondeu que tinha ido para abençoa-lo, mas como seu filho estava dormindo e parecia muito cansado, preferiu não despertá-lo, esperou que ele despertasse por si só, quando fosse para cama e assim o abençoaria. Mas se distraiu lendo um livro e amanheceu. Magno olhou profundamente para Dedylson para ver até onde ele estava dizendo a verdade... Seu pai olhou inocente para ele e perguntou:

- O que foi filho? Teve algum pesadelo?

- Pes...Pesadelo... Porque Pai?

- Estás estranho! Parece assustado.

- Ahaha... Eu... Estou bem... Errr... Quando voce entrou, eu já dormia?

- Sim como uma pedra! Se vista e venha fazer o desjejum. Vou espera-lo à mesa.

Disse Dedylson marcando a página e guardando o livro que estava lendo e saiu assoviando “La Españorita”! Uma bela canção espanhola.
Magno continuou na poltrona lutando com suas lembranças... Seriam sonho ou realidade?

Não poderia ter sido um sonho, porque ele ainda sentia a sensação de ter “explodido” copiosamente nas entranhas da Vampira... O cheiro dela estava em seu corpo... Mas como seu pai não a viu... Nem tampouco viu os dois... ele...
Bem, Magno precisava banhar-se... Pegou no chão seu Hobby, antes de vestir olhou seu corpo no espelho... Estava intacto, sem arranhões, nem mordidas... Mas... Na sua bunda bem desenhada e firme! Estava a marca de cinco dedos... Magno sorriu e disse:

- Que tapa!!!!

Em seguida vestiu o Hobby e saiu da tenda para ir até as quedas que ficavam á uns quinhentos metros de seu acampamento. As ciganas que estavam nas lidas assobiaram para o Cigano ao ver pela abertura do roupão suas belas coxas desnudas. Magno jogou um beijo para elas e continuou seu caminho para chegar ao seu destino. Ele foi a uma bela cachoeira com várias quedas d’água formando piscinas e poços naturais maravilhosos.
Depois de entrar na floresta, passou por um caminho de Hibiscos vermelhos e laranjados, que cresciam formosos nos dois lados do caminho, parecia até que o caminho foi feito especialmente por Gaia para que o seus filhos atravessasse.

As quedas ficavam no alto e a vista era fantástica. Magno chegou até lá, respirou fundo sentindo a força da natureza naquelas barulhentas quedas, depois despiu-se e mergulhou atravessando a piscina natural para chegar até as quedas, ele gostava de sentir a água que caia forte sobre ele, dava a impressão de renová-lo...  Literalmente... Depois de banhar-se Magno subiu as encostas para olhar do outro lado se a parte de baixo das quedas já estava com uma vista melhor... 
 Essa parte explodiu em chamas e fumaça negra quando o bruxo tentou acabar com Dedylson a messes atrás. As árvores ainda mostravam cicatrizes do grande incêndio, havia troncos de pinheiros enegrecidos e desnudados... Mas o solo recentemente revitalizado e coberto por uma vasta vegetação deixava alegre o coração do cigano. 
Em meio ao crescimento abundante, pastavam a salada nutritiva aos seus pés, dois alces machos com coroas volumosas de cor escura que adornavam suas cabeças! Galhadas enormes e belas que eram usadas nos rituais de cópulas e na luta pelo domínio de território.

Magno sorriu feliz por ver que aquela parte da floresta estava se recuperando. Sem se preocupar em vestir o roupão ele continuou a subida, depois virou, entrando no caminho para o Cânion, desceu até as margens do rio e acompanhou seu curso através do Cânion estreito até o ponto mais baixo.
O Cigano gostava de ir nessa parte da floresta, porque ele ficava maravilhado com a quantidade de água que corria entre as paredes rochosas! As águas caudalosas do rio escavara um caminho pelo Cânion eliminando tudo a sua frente e criando um leito próprio nas paredes de rochas multicolores.

Magno olhava as paredes que serviam como bordas e subiam a mais ou menos uns dezoito metros acima do fluxo da água, com os sentidos entorpecidos. 

Seduzido pela intensidade daquela força pura da natureza. 
O Cigano fotografava com seus olhos castanhos; a cachoeira! Admirando o impacto das águas que formavam a cascata para guardar na memória... para quando fazia sua higiene mental. Era revitalizador se lembrar  da cachoeira se jogando sobre a saliência da rocha e caindo por nove metros até se chocar no fundo formando piscinas turbulentas. Ele sempre achava que cada vez que ia ao seu lugar secreto, estava diferente... Mas... Algo estranho tirou o Cigano de sua prévia higiene mental... Magno ouviu gemidos e começou a procurar entre a vegetação quem poderia estar no seu lugar secreto.

Não demorou muito a encontrar um homem jogado entre os arbustos  de bruços e com as vestes sujas de sangue. Primeiramente Magno olhou em volta! A pessoa que feriu o homem ainda poderia estar por ali... Não viu ninguém por perto. Se acalmou porque os animais não estavam em alvoroço.
 O Cigano aproximou-se bem. Mas com cautela, poderia ser um engodo. Morto ele não estava, pois o ouviu gemer. Entretanto o homem estava imóvel. Magno sentiu o pulso dele: estava fraco, mas palpitava e tinha respiração, estava vivo... Parecia bem machucado.
Sem saber se o homem tinha algo quebrado Magno não mexeu nele! Rasgou a camisa dele arrancou uma das mangas e molhou no rio para limpar o sangue do rosto e do abdômen para ver qual era a gravidade do ferimento. O homem tinha uma pancada na testa sem gravidade e uma fenda acima da cintura que parecia ter sido feita por uma faca de caça, limpou bem a ferida enquanto o homem estava desmaiado, assim ele não sentiria dores. Limpou todo o sangue do rosto e ficou impressionado por ele ser tão jovem.

- O que teria ocorrido com esse rapazinho? - Pensou o cigano.

Ao contato com a água fria na cara ele gemeu baixinho; O Cigano disse que ficasse calmo que ele tinha sido encontrado e estava salvo do que quer que tenha acontecido. O rapaz desmaiou novamente. Magno colocou ataduras com a camisa do rapaz sobre seu abdômen para estancar o sangue e se preparou para jogá-lo nos ombros e leva-lo ao acampamento, mas quando tentava ver se o rapaz tinha algo quebrado ele despertou e se assustou.
Ainda sem entender o que estaria acontecendo o rapazinho começou a chegar para trás de costas se arrastando pelo chão. Dizendo algo incompreensível para Magno:

~ S'il vous plaît, monsieur!
Je jure que je ne sais pas où ils gardent les bijoux.


Magno não entendeu nada e disse a ele:

- Calma ai Rapaz! Não precisa ter medo de mim.

O rapaz estava apavorado sim! Ele estava diante daquele homem forte e nu que queria tocar nele. E se esquivava dizendo...

~ S'il vous plaît, monsieur!
Je ne comprends pas Que voulez-vous faire...


Magno ficou sem saber o que fazer e pensou:

- Oras! O que esse moleque tá pensando? Vou fazer gestos talvez ele entenda. Precisa curar esse ferimento antes que piore.

Tentando com mimica o Cigano estendeu a mão na direção dele... Mas o rapaz continuou se afastando! Magno se aborreceu, Pegou o braço dele, puxou com força dando um impulso e o jogou no ombro e voltou para o acampamento. O rapaz começou a se bater Magno deu-lhe uma tapa no lombo e gritou:

- Fica quieto!

O que mais poderia fazer a não ser se calar? Tinha perdido muito sangue, tinha sede. Agora pasmem. Magno adentrou o acampamento do jeito que estava...
Ele pensou em salvar o rapaz e nem se preocupou em procurar seu roupão.
As ciganas que não são mole fizeram a festa ao ver Magno nu em pelo e com um rapaz nos ombros. A visão era realmente bela!
Magno fingiu não se importar ou viraria chacota. Entregou o rapaz aos ciganos para cuidar do ferimento empolou o peito e seguiu para sua tenda...
Quando chegou na porta olhou para trás e as ciganas continuavam cochichando entre elas e dando risinhos histéricos... Típicos de fêmeas empolgadas. O cigano deu uma piscadela, um sorriso e depois entrou.
Dedylson foi até a tenda de Magno e perguntou quem era o rapaz?

- Eu o encontrei caído perto da cachoeira Papai, não compreendi nada do que ele falou.

Respondeu Magno enquanto vestia calças, em seguida fez um rabo de cavalo e acompanhou Dedylson até onde estava o rapaz sendo medicado pelos ciganos. Dedylson se aproximou pôs a mão no ombro do Rapaz transmitindo afeto e perguntou.

- Quem é voce e de onde veio Rapaz?

Ele não entendeu o que Dedylson falou, mas percebeu que ele estava perguntando alguma coisa,  então arriscou uma resposta.

~ Wander Seigneur! Mon nom est Wander Burnier.

Dedylson Falou aos homens que cuidavam dele e a seu filho:

- O gadgê é francês Rapazes! O nome dele é Wander.

Os ciganos cumprimentaram o gadgê que agora já tinha um nome, deram roupas, deram de comer e beber. Dedylson entendia um pouco do que ele falava e atuou como um intérprete.
Wander estava encantado com o povo cigano, com suas gentilezas, suas alegrias, seu carinho para com ele, um desconhecido. Wander contou a Dedylson que ele e outros dois parentes estavam em um Hotel na cidade e que esses dois parentes haviam roubado as joias da patroa sem que ele visse e que algo aconteceu misteriosamente, porque as joias sumiram, os parentes ladrões acharam que ele havia roubado deles e o torturou para confessar...

Wander estava sendo levado até alguém, que ele achava que seria um comprador para as joias, e que com certeza o machucaria mais para ele confessar algo que não fez; Eles estavam viajando em uma caminhonete e num dado momento precisou parar, para esvaziarem as bexigas, ele aproveitou e fugiu se embrenhando na mata. Quando não aguentava mais correr tentou sentar, mas sentiu as vistas escurecerem e acordou com Magno a seu lado.

Wander passou aquele dia com os ciganos, ajudou a limpar a caça, ele era muito hábil nisso. Quando chegou a noite, ficou fascinado com a fogueira que queimava com perfeição. Wander encantado não parava de olhar, o bailado das ciganas que giravam e jogavam suas saias, Ele fechava os olhos quando as lãs delas zuniam perto do rosto dele como se fosse o vento assobiando. Os pés que sapateavam rápidos batendo os saltos no chão em uma harmoniosa cadencia que fazia pulsar o coração dele com o mesmo ritmo frenético do sapateado. Afinal ele era um convidado e elas dançavam para ele. O Pensamento do jovem se perdia nos movimentos das fitas que elas tinham amarradas nos pulsos e passavam umas pelas outras como se fosse dar um nó, mas continuavam perfeitamente livres ao vento... Entre elas havia uma ciganinha de nome “Estrela” que movia sinuosamente suas mãos encantando o rapaz, quando ela batia suas castanholas. Wander ficou com eles até o amanhecer quando Magno apagou o fogo.

O Sol já jogava sobre a “floresta negra” seus raios que pareciam multicolores ao serem filtrados pelas copas das árvores. quando os pais da ciganinha que haviam notado os olhares entre Wander e sua filha  disseram ao pai de Magno:

- Bem Dedylson! Está na hora de leva-lo embora.

Dedylson entendeu o recado! Atrelou dois cavalos, Vendou os olhos do Rapaz e partiram em disparada para fora do acampamento. Quando os dois chegaram à estrada ele libertou os olhos de Wander. O rapaz disse a Dedylson que se pudesse queria morar com eles. Que a cidade é muito diferente do acampamento. Que na cidade ninguém conversava mais, que não existia harmonia, amizade nem entrosamento entre as pessoas. Que era tudo um caos.
Dedylson disse a ele que para viver com ciganos, ele precisaria passar por um ritual de iniciação e que ele era muito jovem para suportar. Mas quem sabia era Deus. Se fosse para ele estar entre os ciganos, alguma coisa o moveria até eles outra vez. Que talvez esse fosse o destino dele.

Chegaram a rodoviária Dedylson deu um grande abraço no jovem amigo e o colocou no ônibus para a sua Cidade repleta de pessoas insensatas.

Capitulo II

Quando Dedylson voltava para o acampamento. Ouviu vozes, apeou deixou a montaria presa para no caso de ela se assustar não disparar mata à dentro e foi beirando o rio seguindo as vozes... E deparou com um acampamento na entrada da “Floresta negra”. Com os próprios elfos de Laht. O QUE LHE PARECEU MUITO SUSPEITO. O Cigano voltou alguns passos, pois estava desarmado e ficou espreitando entre os arbustos e ouvindo a conversa. Assim ele descobriu que um grupo de elfos de um reino distante chegou aos arredores da “Floresta Negra” com o objetivo de raptar o Cigano Magno, para tirar dele seu medalhão. Onde tem um rubi azul! Para usar no tridente que haviam adquirido recentemente! Esse tridente daria poder absoluto a quem colocasse na cavidade vazia o rubi do Cigano Magno.
Assim que colocasse o Rubi o dono do tridente se tornaria muito poderoso! Palavra do grande feiticeiro de sua cidade longínqua. 

Dedylson ao ouvir isso voltou a galope para o acampamento precisava avisar a seu filho que ele estava em perigo!!! Enquanto isso...
Os elfos estrangeiros estavam esperando por um espião de nome Alvien que os ajudaria a chegar até o acampamento onde raptariam o cigano. Eles montaram o acampamento não muito distante da entrada, mas não conseguiam entrar sem ajuda, porque viam apenas uma grande encosta rochosa. 

O reino de Laht era fechado por magia. Mas esse elfo os levaria direito ao seio da floresta.
Assim eles teriam uma entrada sem suspeitas, porque o Mago de sua cidade fez um feitiço que os elfos estrangeiros ficaram com a aparência dos elfos de luz. Justamente para chegarem ao acampamento do cigano sem serem detectados. Eles ouviram à “meia boca” que o rei dos elfos de Laht não permitia a entrada de qualquer outra espécie de elfos em seus territórios, se não fosse antes devidamente anunciada sua vinda.

Alvien (o traidor) chegou ao acampamento para buscar os elfos camuflados para entrarem em Laht. Assim foi feito. Seguiram então, dois elfos camuflados (um deles era o que possuía o tridente) e Alvien para encontrar o Acampamento de Magno. Seguiram através da floresta que o cercava. Alvien estranhou o fato de não terem sido interceptados por nenhum elfo de Luz. Mas continuaram avançando. De repente Aldra o elfo camuflado o líder dos investigadores, parou na frente dos outros e gritou aparvoado;

- Parem! Vejam o motivo de não termos sido interceptado.

Havia vários elfos da guarda do exército dos elfos que estavam mortos estraçalhados e sem cabeça espalhados pela floresta. Eles se aproximaram dos corpos, o Líder agachou para revistar e viu neles marcas não muito comum. Ele olhou para os outros se levantou rápido e disse:

- Acho melhor retornarmos ao acampamento

- Concordo. Precisamos avisar aos outros, talvez haja necessidade de investigarmos o que está acontecendo antes de chegarmos ao acampamento. – disse Alvien.

No acampamento abriram uma garrafa de uma estranha bebida que trouxeram com eles, para tomarem coragem de comunicar o acontecido. Aldra pediu a palavra aos beberrões que reclamaram, queriam se embriagar um pouco;

- Temos problemas! Disse Aldra energicamente;

- Quais problemas? Voces não estão camuflados?

Indagou um meio elfo que estava entre eles em sigilo para não ser morto, pois a rainha deles não admite mestiços.

- Encontramos muitos elfos guerreiros mortos decapitados e mutilados quando íamos para o acampamento do tal Magno! - Falou Alvien o traidor.

- Mas quem os matou? Elfos não morrem assim com facilidade.

- Não tenho certeza, mas acho que foram criaturas mágicas. Respondeu o Aldra o líder.

Se vocês encontraram alguns elfos mortos por uma criatura sobrenatural, devem ter mais, ou quem sabe todos eles estejam mortos. Melhor para nós que poderemos entrar no acampamento do cigano sem que os elfos nos impeça. Concluiu o meio elfo.

- Calma precisamos tirar conclusões concretas. Não queremos acabar como eles. Vamos investigar. – pediu Aldra

- Como faremos tal coisa? Não quero ser morto por esses zumbis...

Perguntou assustado o traidor e Aldra respondeu:.

- Faremos o seguinte: - em primeiro lugar quero que todos se lembrem que esse acampamento é nosso ponto de encontro. Cientes disso! Vamos nos separar em grupos para investigar o local e tentarmos chegar ao acampamento cigano durante a noite.

- Eu não posso ir com voces senhor Aldra! Sou meio elfo e não estou camuflado.

. Aldra recitou umas palavras que fizeram Selah ficar invisível.
Selah é cria de uma Elfa com um Humano! Porém os seus instintos élficos são muito aguçados. Após estar invisível Selah aproveitou e seguiu o que achou serem rastros das criaturas assassinas e encontrou mais alguns corpos.
Quando estava voltando para avisar sobre seu achado, ouviu vozes e risadas de zombaria e foi averiguar. Avistou alguns mercenários que me atacavam enquanto eu também estava investigando a morte dos elfos. Eu me defendia bem sozinha. Mas Selah não sabia disso, e ao ver  uma elfa jovem no meio de criaturas enormes e com armaduras, passou pelo meio dos mercenários sibilando sua espada e cortando as peles grossas deles juntamente com suas armaduras de couro, sem que eles entendessem o que estava acontecendo.

Ele continuou bradando sua espada até que os mercenários bateram em retirada pensando ser algum fantasma ou coisa parecida que os atacava.
Eu olhei para todos os lados querendo prestar agradecimento a criatura que me ajudou. (Mesmo que eu não precisasse) eu falei procurando-o:.

- Muito obrigada por me ajudar! Seja voce quem for! Sou uma elfa de Uhat, mas vim ajudar meus amigos aqui da “Floresta negra” E você quem é? Como se chama? Essa floresta é muito perigosa! Melhor que voce vá para sua morada.

Eu disse achando que era algum elfo de Laht com mando de invisibilidade! Selah se colocou bem na minha frente e disse;

- Meu nome é Selah! E você como é seu nome elfa?

- Meu nome é Sigel! Preciso voltar para Uhat e pedir ajuda para “Floresta negra”

- Onde estão seus pais?

- Minha mãe morreu e meu pai desapareceu porque quer saber?

- Para te ajudar! Existe algo misterioso nessa floresta e...

Nesse instante terminou o efeito da invisibilidade dele...

Eu arregalei meus olhos ao ver que quem estava diante de mim era um meio elfo... E não existiam meios elfos em Laht. Meios elfos sempre ficam do seu lado dos Humanos. Ao ser descoberto ele abaixou a cabeça e disse baixinho:

- Se ainda quiser minha ajuda.

Eu achei melhor fingir que precisava de ajuda, assim, aquele meio elfo estaria seguro comigo se por acaso os mercenários ainda estivessem pela floresta.

- Tudo bem! Voce não é um elfo, mas é melhor estar na sua companhia do que na companhia daqueles mercenários. Para onde voce vai e de onde voce veio?

Perguntei a ele; Selah não sabia o que me responder e preferiu ficar em silêncio.
Então seguimos nós dois em silêncio até chegarmos à fronteira de Uhat. Eu me despedi e disse a ele que não poderia atravessar a fronteira ou seria alvejado por flechas certeiras. Ele olhou assustado para os lados e voltou para “Floresta Negra”
No acampamento deles,todos estavam aflitos com a demora de Selah e ficaram aliviados quando o viram chegar sem um arranhão sequer. Os outros contaram sobre os corpos de elfos guerreiros que encontraram e Selah acrescentou seu encontro com mercenários. Sem mencionar a mim.

- Mercenários? São eles então quem dizima os elfos? - Perguntou um dos elfos camuflados.

- Não! Os elfos guerreiros não estão sendo mortos por mãos humanas.
Respondeu Aldra:

Quando ele acabou de responder ouviram uma música suave vinda de uma flauta. Todos ficaram em silêncio ouvindo encantados. Aldra saiu do acampamento e avistou uma elfa tocando uma flauta. Ele se aproximou dela e perguntou:

- O que uma jovem elfa bonita esta fazendo no meio da floresta durante a noite enquanto muitos estão morrendo por algum ser sobrenatural? Não sabe do perigo iminente? Voce não teme?

A elfa parou de tocar sua flauta, olhou profundamente nos olhos de Aldra que não conseguia desviar o olhar e pensou encantado:

“Ela é linda! Os olhos dela são tão brancos quanto sua pele, suas lãs longas e prateadas parecem reluzir com a luz da lua e o seu aroma... Oh é indescritível"...

A elfa virou-se de costas para Aldra e caminhou lentamente com suas micro vestes ,vermelho fogo, deixando seus dotes encantadores bem visíveis.

Ciente de seus encantos ela olhou para trás, por baixo dos olhos e tornou a tocar sua flauta enquanto ia saindo sem nada dizer. Aldra não resistiu e a seguiu. Mesmo diante do chamado de seus companheiros... Aldra nem ouviu! Por estar encantado pela beleza da elfa e principalmente pelo seu cheiro! Ninguém ousou seguir Aldra nesta noite preta. Amanheceu e Aldra não voltou! Alvien que até então estava calado perguntou:

- E agora? O que vamos fazer sem o nosso Líder?

Um dos elfos que estava arrumando seu alforje respondeu:

- Eu estou indo ao acampamento cigano pegar o Rubi! Quem quiser me seguir coloque o Capuz e venha conosco!

-Conosco? Quem mais vai com voce?

Perguntou Selah e o elfo que os chamou disse

- Ele! Arzha! O nosso mago que esta aqui conosco.

E Aldra? Ele é o dono do tridente.

- Agora é meu!

Falou o tal mago e disse que àquela hora... Aldra já estaria morto! E em seguida, ele passou instruções que todos ouviram atentamente. Quando acabou de dar as instruções Arzha recitou algumas palavras e ficou invisível.
Enquanto ele se dirigia ao acampamento... Os outros preparavam o ataque, se separando em grupos de três para guardar todos os lados do acampamento e evitar um contra-ataque. Os arcos e flechas estavam preparados. Dois elfos guerreiros da tribo dos arcanos foram cautelosamente e pegaram o guardião do acampamento de surpresa e investiram em uma luta corpo a corpo com ataques combinados, mesmo quando o guardião tentou dar o alarme e desferir contragolpes foi derrotado.
Minutos depois Arzha reapareceu trazendo na mão uma sacola de onde ele retirou um pergaminho.
Alvien (o traidor) perguntou:

- Onde está o cigano com o rubi?

O mago respondeu calmamente:

- Não preciso do cigano! Minha invisibilidade me ajudou a pegar na biblioteca da tenda dele e roubar esse pergaminho! Ele me ajudará a buscar o rubi de qualquer local que ele esteja. Assim que eu proferir as palavras que estão nesse pergaminho. o rubi será moldado de imediato ao Meu tridente, não se preocupem.
Mas agora precisamos voltar para o acampamento! Porque eu preciso do luar para fazer isso.

- Porque nos deixou atacar o acampamento então? Quando eles vir o cigano que eu matei, eles virão atrás de nós.

- Mas voces não mataram um cigano! Mataram um de voces. Eu preparei tudo porque precisava que voces estivessem distraídos, ou poderiam me atrapalhar com pensamentos de derrota.

Os elfos olharam-se pensando que entraram em uma fria. Voltaram para o acampamento. Quando caiu a noite, o mago preparou o ritual de mistificação.
Acontece que o que aquele mago e nem os elfos sabiam: Era que o Tridente em questão pertenceu a Kali... A Deusa da noite que possuia o elemento do vampirismo.
E se aquele tridente fosse completado com o rubi de Magno. Ressuscitaria um Deus inimigo dos vampiros de nome “Rakta” = sangue.

A lua surgiu e o mago Arzha começou o ritual! Os elfos estavam todos em um circulo onde dentro do mesmo estava Arzha com o tridente em punho! Quando o ritual estava quase no auge e as labaredas já começavam a surgir em pontos estratégicos da “Floresta negra” formando o casulo para o Deus “Rakta”... Arzha pediu que Alvien segurasse firme o tridente enquanto ele conjurava as palavras...

Enquanto ele conjurava suas palavras malignas...
 Eis que apareceu a bela elfa com a sua flauta mágica encantando os elfos.
Arzha não se importou com os elfos dominados... Continuou o ritual.
Estava lendo o pergaminho com energia e convicção: Ao proferir as palavras: “Coração da Floresta” Um relâmpago vindo do solo rasgou o chão em uma velocidade espetacular vindo de encontro ao tridente que se encontrava na mão do traidor Alvien enquanto o mago lia o pergaminho.
Nesse momento a bela elfa mostrou sua verdadeira forma.
Uma criatura enorme com asas pontiagudas que emitiu um grunhido estridente fazendo aparecer uma legião de Dakinis Vampiros fêmeas que são a iluminação da Deusa Kali.
Alvien estava tremendo e se estrebuchando sendo eletrocutado enquanto segurava o tridente onde caiu o relâmpago e o mago perguntou:

- Quem é você criatura? O mal ou o bem? És causadora das mortes dos elfos?

- Meu nome é “Rainha Flamejante”! Já fui humana e inocente! Mas agora sou um vampiro e protegida de Lilith que me incumbiu de proteger o “Coração da Floresta” e meu amado Cigano! Minhas súditas não tem controle de sua fome e por mais que eu tente ensiná-las... 
 Elas devoram todo ser vivo que vê pela frente. Desculpem-me! Mas é o que elas farão com vocês. 

A “Rainha Flamejante” planou a uns dois metros do chão acima de onde saiu o relâmpago e disse

- ATAQUEM!!!

O mago só viu uma saída, terminar o ritual do tridente... Somente assim, ele poderia salvar-se e salvar também aos elfos das garras daquelas vampiras.
Enquanto as Dakinis iam em direção a eles... Arzha terminou de proferir o cântico do ritual!
 O chão onde estava Alvien se estrebuchando, abriu-se com imensas labaredas saindo da terra em alta velocidade e rodando no ar... Em seguida transformou-se em uma serpente de fogo e virou na direção do tridente que estava dentro do círculo consagrado ao Deus Rakta pelas palavras do pergaminho conjuradas pelo Mago que não estudou devidamente o pergaminho em questão. A seguir a serpente de fogo desceu em alta velocidade para dar vida ao Deus inimigo.

A “Rainha Flamejante” não podia deixar isso acontecer! O mago não poderia acordar Rakta
Ele destruiria toda “Floresta Negra”. E com ela os elfos e... Magno!
Sem pensar muito ela se pôs na frente do tridente recebendo a serpente de fogo no peito... 
A serpente travessou o corpo da “Rainha Flamejante”  e perdeu a força se apagando e desaparecendo...  A Vampira  com um grunhido medonho e dolorido despencou ao solo!
Todas as Dakinis foram ao seu encontro grunhindo em alvoroço e foram se despedaçando no ar.

No instante em que chegou Last e Elessar.

Ainda à tempo de ver a “rainha Flamejante" terminar sua metamorfose novamente na bela Lady Irina... Linda... Como se nunca tivesse sido um Vampiro. Last abraçou sua amiga chamando por ela que já não ouvia. Estava serena!
Elessar fez um grande campo de força prendendo todos os elfos que sobraram das Dakinis esfomeadas enquanto o mago estava ainda tentando recitar palavras do papiro que tinha queimado uma parte.
Last entregou Irina nos braços de Elessar e com um berro doloroso e cheio de ódio transformou-se no Demônio alado e incinerou a todos. Inclusive o Mago
Elessar disse que não precisava fazer aquilo... Que ele iria leva-los aos calabouços de Uhat.
Last ainda em sua forma Demoníaca disse a Elessar:

- LEMBRE-SE SEMPRE ELFO! PIEDADE É PARA OS FRACOS!

A seguir pegou sua amiga nos braços e a levou para a mansão Vladesck. Talvez ainda houvesse  tempo de salvá-la. Last chegou à montanha. Voltou a sua forma humana e estava prestes a entrar quando Amon e Kaya o interceptaram!  E Sábio Amon falou:

- Last pense! Você quer realmente que ela volte a ser um vampiro? Se não tentar salvá-la, Se não usar seu sangue nela. Irina será humana! Morrerá como humana. O espírito puro dela poderá encontrar seu lugar de direito.

Last ficou indeciso por uns instantes segurando Irina junto a o peito.
Depois de longos minutos lembrou que foi Irina quem escolheu ter mais algum tempo! 
Essa seria a única chance de ser humana e ter sua alma recuperada. Mas ela gostaria disso? 
 Last passou a mão sobre o corpo de Irina numa última carícia para por fim enterrá-la quando... Encontrou entre suas vestes a faca de sashimi...

Last transformou-se novamente em fúria e Rasgou o corpo dela com suas enormes garras... Mordeu... Ejetou seu veneno nela. O corpo da Lady Irina estava todo estraçalhado. Last tornou a sua forma humana e a levou sua amiga toda estraçalhada para o “divã”.

Chegando lá já estavam esperando por ele... Ettore e Elessar!
 Eles sabiam que Last não a deixaria partir...

......

Comentários

  1. A rainha é boa Last jamais a deixaria morrer....tadinha da Elfinha sem saber que um traidor a seguia..tudo uma forma de proteger os amigos..lindo

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  2. A rainha é boa Last jamais a deixaria morrer....tadinha da Elfinha sem saber que um traidor a seguia..tudo uma forma de proteger os amigos..lindo

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  3. Essas são as dificuldades do leitor querida Mah! Foi certo fazer Irina perder a única chance de ter paz?

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    1. Com certeza ia querer lutar ..para os guerreiros a paz se encontra na guerra.

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