"A Fogueira da Vitória" 4ª parte Seth e Adrien.

Deveria ser seguida a escolha da seguinte forma: Emre escolheria os Machos e Sitaara escolheria as fêmeas essa seria a regra. Mas como tem apenas quatro fêmeas na "Roda Cigana dos Amigos"

 foi combinado que essa regra não valeria. Podendo o Macho escolher Fêmea e vice-verso. Sitaara que ainda estava abalada com as histórias tristes dos "Amigos" Não brincou dessa vez foi direto no Jovem Seth que tremeu, mas já tinha ouvido Dedylson avisar que não poderia quebrar o círculo então raspou a garganta e começou a falar.

- Tido bem senhor Dedylson! Nem precisa me olhar escabreado que não vou  quebrar o Círculo. Eu vou contar a minha história.



SETH
= Com: Vivendo Um Pesadelo

A História que vou contar é sobre alguém que eu amei muito seu nome era Dafhne.
Era linda! De pele branquinha e olhos verdes sensíveis a claridade, por isso usava lentes escuras.
Quando a conheci, achei-a incrível. Ela estava tentando fazer um amigo meu se sentir melhor.
O cara era chato com aquele papo de “eu sou um nada tenho que morrer” e bla bla bla.

Eu me encantei com a ternura dela e puxei assunto. Ela gostou de mim logo de cara e me chamava de Poeta beija-Flor! Eu amava isso.
No princípio era bem difícil para nos falarmos, mas eu dei um jeito e enfim podíamos nos ver quase toda noite. Devido a minha timidez ela chegou junto com todo jeitinho e me ganhou. 
Ela era ciumenta de uma maneira deliciosa. Eu até que gostava das discussões que tínhamos por ciúmes e no final ela dizia que não era nada e fazíamos as pazes daquele jeitinho especial.
No tempo eu trabalhava com componentes eletrônicos e ela era Telemarketing  de uma rede celular.

Erámos tão felizes que eu tinha medo.
Fazíamos planos de ficarmos juntos para sempre. Estávamos preparando tudo para o grande dia.
 Mas como nada é perfeito eu descobri que minha menina, tinha uma enfermidade de nascença incurável! Que já haviam feito de tudo, ido a todos os médicos possíveis e não conseguiram encontrar a cura. Quem a via nem imaginava que ela possuía algo de tão apavorante. 
O problema é que não poderíamos nos casar.
 Se ela sofresse uma grande emoção, fosse qual fosse... Boa ou Ruim... Ela morreria. 
Passei a sentir medo de qualquer coisa, até mesmo de dizer que ia tocar com os amigos. (Nesse tempo eu tinha uma Banda de Rock). Mas minha menina era forte e decidida e me encorajava. Todas as dores que ela já havia sentido em toda sua vida, desde que nasceu a deixou uma rocha! Então para evitar as emoções do casamento que toda noiva tem... Nos preparamos para morarmos juntos. 

No princípio, o pai dela era contra, mas ela o convenceu que eu era a única maneira de ela ser feliz.
Então, ele passou a gostar de mim. Para minha infelicidade ela encontrou uma junta médica que estavam encontrando a cura para a enfermidade dela... 
Acontece que ela não me disse, que essa tentativa de cura era ainda mais perigosa que a sua enfermidade.

Pensam que ela desistiu por isso? Claro que não!
 Marcou o dia para a tal cirurgia escondido do pai e foi se entregar como cobaia.

Aquele dia foi o dia mais longo da minha vida. Eu estava no trabalho e o dia nunca passava para eu encontra-la, e saber como tinha sido o primeiro dia de tratamento. As horas passavam e não chegava nem sequer uma mensagem dela no celular. E olha passávamos o dia inteiro nos falando por mensagens! Anoiteceu e nada. O desespero tomou conta de mim... Sem notícias.

Até que um amigo da minha menina disse aos parentes que me avisaria do acontecido... Porque nenhum deles tinha coragem. Ele me chamou e comunicou que ela havia morrido. Disse que ela sabia do perigo que correria porque assinou documentos se responsabilizando por qualquer eventualidade. Deixou mensagens para os amigos se desculpando e despedindo caso o tratamento desse errado.

Tudo aquilo foi estar vivendo um pesadelo! 
Faltavam poucos dias para ficarmos juntos para sempre e eu perdi a primeira pessoa que eu amei de verdade na vida! O choque foi tão grande, que quando isso ocorreu eu fiquei depressivo por várias semanas, pensei até em suicídio... Perder minha Dafhne alterou minha personalidade e também me fez ficar mais frio, Eu nunca me imaginei passando pela dor que seria perde-la... Eu me lembrava da nossa vida quando tudo era perfeito e isso me matava a cada dia... É certo, acontecer quando estamos diante do fim sempre nos lembramos do princípio para doer mais.

As pessoas me diziam que o tempo se encarregaria de fechar as feridas e acalmar o coração... 
Mas até esse tal tempo passar eu não sabia o que fazer. Estava tomando ódio do mundo. 
Eu não aguentava mais sofrer... Eu me sentia dependente dela. Da força dela! Modelei minha vida em torno dela, por isso era difícil sobreviver sem ela. Senti como se tivessem arrancado um órgão importante. Era como estar morto. Com a diferença que na morte propriamente dita tudo se acaba. Assim foram muitos dos meus dias... Como soterrado em um mar de lodo que eu não queria sair. 

Até que muito tempo depois eu finalmente encontrei uma pessoa que me trouxe um novo significado em minha vida. Me fez ter grandes motivos para viver. Eu estava na janela do apartamento olhando para baixo sem nenhuma vontade de nada. Quando vi uma moça la embaixo as voltas com sua moto que estava afogada. Imediatamente desci em seu auxílio, confesso que não sei por que fiz aquilo. Nada que acontecia em volta de mim, me interessava. Mas eu senti como se ela tivesse me chamado.
 Era como se eu precisasse ajuda-la. Era um trabalho fácil desafogar o motor da Kawasaki NINJA ZX-10R 998 CC. da jovem.

Após fazer o serviço ela me convidou para lanchar já que eu não aceitei pagamento pelo conserto. Foi um lanche fantástico pena que... Acho que eu bebi demais e não sei como aquela bela moça sensível e delicada me levou de volta para casa. Um cara dessa envergadura aqui. É certo que eu estava abatido por estar tanto tempo me alimentando mal, mas sou bastante alto e homem é pesado por natureza.

 Acordei em meu quarto na minha cama. Ao lado um farto desjejum. E aquela vontade imensa de vê-la novamente.
 Nos tornamos grandes amigos. Eu a protejo dos vilões e ela me dá aula de esgrima. Falo da doce Lady Irina aqui presente... Que de agora em diante acho que não vai me deixar voltar pra casa... Não depois dessa confissão que eu ouvi aqui. Mas não me importo se ela quiser me manter prisioneiro. Se não me matou até agora é porque gosta de mim concordam?

Olhamo-nos em silêncio! Sabíamos o que iria acontecer depois da festa.
Irina olhava-o com a expressão recheada de subterfúgios que ele é claro não percebia. Apenas os elfos e os vampiros perceberam. E nós sorrimos ao entender! 
Aplaudimos o grande “protetor” da nossa “Rainha Flamejante” Ele agradeceu e voltou a sentar.

Sitaara foi até Emre e trocou de lugar.

Dessa vez estranhamos: O belo semideus parou diante do circulo dos amigos coçou a cabeça, jogou as lãs para trás num movimento com a cabeça e sorriu... Em seguida foi até... O belo cigano Adrien tocou nas costas dele e disse:

- Pensou que iria ficar sentado apenas ouvindo Cigano? Agora é com voce!

Adrien levantou-se, fez um aceno a todos os presentes suspirou fundo e falou;

-Boa noite a todos!
Nesses dias em que estive na companhia de tão maravilhosas pessoas. Todos em geral!
Notei como meu clã tem pecado no seu modo de agir. 
Não encontrei entre voces distinção de cargos. Não pude perceber se existem “Castas” Porque voces se tratam de igual para igual. Só se percebe que o Dedylson e o Magno sãos os Monarcas Líderes: Rei e Príncipe no caso! Pelos seus brasões tatuados nos braços. Estou honrado em estar entre um povo tão coeso.

Não tenho uma história preparada como é feitio do meu povo.
Essa é outra coisa que percebi: os contadores desse povo cigano usam o coração e o que mais mexeu com seus sentimentos quando estão na "Roda Cigana".
Então eu farei assim também. Contarei uma história que guardei apenas para mim por tantos anos.

ADRIEM
Com: A Dama da "Limousine Prata"

Eu era bem jovem  e meus pais me mandaram procurar uma boa Universidade, pára fazer a faculdade de Letras. Eu estava em Paris! Exatamente na cidade luz!

E nenhuma viagem a Cidade Luz é completa sem passar em um dos Cafés mais famosos.
Não exatamente para “tomar café”, mas para ver a vida passar! Eu estava  No “Le Café de Flore”  que ficava do outro lado da rua do rival  deles. O "Les Deux Magots".
O "Café de Flore” era um lugar maravilhoso que mudou pouquíssimo seu designe e panorâmica desde a Segunda Guerra Mundial! Era um ponto de encontro muito sofisticado com suas cabines vermelhas, de espelhos amplos e tendo como fregueses assíduos, uma clientela invejável.

Lá no “Café de Flore” tem uma varanda ampla que toma toda sua fachada de esquina.
E para fazer jus, me vesti a caráter o que é muito comum no “Le Café de Flore” por seu estilo com ornamentação vintage, mobília antigas mesmo. Os mobiliários coloridos possui um design retrô na marcenaria, completando com uma composição de quadros com imagens antigas.

O sol já estava se pondo e os últimos raios invadiam a mesa que escolhi no canto direito da varanda onde havia uma mesinha solitária. Por ser no cantinho do Café ficava sempre vazia.
O Sol estava direto em meu rosto, mas eu gostava daquele lugarzinho solitário e para amenizá-lo, abri o Jornal escorreguei o corpo um pouco para frente na cadeira e suspendi o jornal até cobrir meus olhos do sol. Eu estava saboreando meu “Clericot” Um drink feito com : Uma taça de vinho branco, Cherry brandy, club soda, pêssego, maçã, abacaxi, manga, morangos tudo picadinho e algumas uvas rose cortadas ao meio e sem caroços.
Uma delícia que é preciso esperar trinta minutos para ficar pronto.
 Estava distraído lendo as notícias sobre uma manifestação de estudantes no  LE MONDE!
Quando ouvi um toc toc sensual de saltos à minha frente... 
Instintivamente suspendi um pouco o jornal para apreciar a silhueta! (Acho muito sensual quando a mulher sabe caminhar sobre saltos. O toc toc é divino)...
E os pés que caminhavam de um lado para o outro na minha frente, eram perfeitos e caminhavam elegantemente sobre os saltos quinze. 

Continuei suspendendo devagarzinho o jornal e vislumbrando um par de tornozelos... Panturrilhas... Joelhos lindos. Não sei por que, mas me senti tímido em continuar subindo o jornal...
Ah! meus amigos! A curiosidade foi mais forte que a timidez naquele momento. Eu definitivamente precisava ver o que vinha acima dos joelhos.
Fui levantando bem devagar o jornal e me deliciando com a visão de um corpo escultural dentro de um mini vestido bege de alças finas muito sexy! Estilo V em um lado com bainha de envelope assimétrico. Com ajuste ao corpo.

 Ela andava de um lado para o outro falando ao celular.
 Eu levantei o jornal até a altura de seus lábios dobrando ele pela metade, se eu abaixasse o jornal totalmente, o sol me ofuscaria a visão da bela dama.
 Eu estava encantado olhando os movimentos daqueles lábios grossos bem desenhados e sem batom. Eu não queria que ela me pegasse olhando para ela como um desavergonhado Voyer. E abaixei o jornal...  Mas como o Senhor Destino é meu amigo particular! Enviou uma rajada de vento inesperado naquela tarde ensolarada me arrancando das mãos o meu jornal jogando-o para os ares e se desmontando todo. 
Eu levantei-me olhando abobalhado aquela bagunça numa cidade tão asseada como Paris e com apenas com algumas partes do jornal desmanteladas nas mãos.

Agora imaginem a minha cara de bobo ao ver os belos e grandes olhos cor de mel da dama... 
 Quando a Bela dama me viu pegando as folhas de jornal pelo chão. Todo sem jeito e com cara de quem foi pego em fragrante....
Mesmo sem parar de falar ao celular ela fez menção de me ajudar... 
 Muito cordial. Eu disse

- S'il vous plaît, Mlle! (Por favor senhorita)

Ne vous inquiétez pas, (Não se preocupe)

Laisse-moi prendre les papiers. (Deixe, eu recolho os jornais)

Mas numa dessas tentativas de me ajudar ela chegou bem perto a ponto de eu sentir seu perfume!
O delicioso e adocicado Miss Dior! Uma deliciosa fragrância que revela a feminilidade de um floral sensual. É uma declaração floral que combina a beleza da rosa de Grasse com a ousadia da rosa damascena. E  quando ela dobrou o tronco na tentativa de me auxiliar a recolher as páginas do jornal... Caiu o batom que estava estrategicamente entre seus seios... Eu esqueci os jornais pra lá e peguei o batom bem rápido e devolvi.
Ela estava com os cabelos presos com palitos e tinha alguns fios soltos que o vento faziam brincarem entre seus olhos que olharam bem dentro dos meus, quando me disse cobrindo o microfone do celular com a mão:

= Merci beaucoup Monsieur!
(Muito agradecida Senhor!)

- n'importe quoi Mille! (Não há porque Senhorita!)

Em seguida ela continuou a falar no celular enquanto guardava o batom novamente no colo perfeito e clarinho como porcelana. Nisso, chegou uma "Limousine prata"; o motorista desceu e abriu aporta!

Ela entrou no carro sem parar de falar no celular... Antes de ir olhou para mim pela janela e me acenou com a cabeça dando um leve sorriso

Eu acenei discretamente com a mão sentindo muita raiva daquele automóvel que estava levando alguém que poderia ser meu grande amor e eu nem sabia o nome dela.

Quando voltei para França no meu acampamento fiquei por dias suspirando como um garoto que encontrou seu primeiro amor. No inicio do ano voltei a Paris para estudar, fiquei residente do Campus. E sempre que podia voltava ao “Le Café de Flore” para ver se a encontrava. Foram três anos assim. Meus amigos iam se divertir quando a faculdade nos dava o Passe. 
E eu ia para o “Le Café de Flore” Não namorei ninguém durante o período de aulas. Eu tinha esperança de encontrá-la. Mas para minha tristeza e decepção, nunca mais a vi. Consigo lembrar dela como se tivesse sido hoje o nosso "encontro"
Essa lembrança nunca me abandonou fazendo meu coração saltar sempre que vejo uma “Limousine prata”. 
Obrigado pela oportunidade!

- Ahh!!!!

Nós fizemos em unanimidade e decepcionados! Todos nós estávamos torcendo para que Adrien tivesse tido um romance com a desconhecida da "Limousine Prata".
Aplaudimos calorosamente a narrativa do Cigano Adrien e sua maneira alegre de nos contar sua história como se estivesse em um teatro.

Emre levantou-se ainda aplaudindo e foi até Sitaara Dessa vez não a levantou como sempre fazia abaixou junto ao seu ouvido e....
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