"A Fogueira da Vitória" 5ª parte Menestrel & Tempest


Após a história do Cigano Adrien. Emre foi até nossa querida Elfa dourada Sitaara e perguntou:

- E agora minha beldade está pronta para sua tarefa?

Em seguida soprou no ouvido dela bem de levinho alguma coisa, fazendo... Minha irmã se arrepiar e levantar de um salto ficando sem graça.... E disse toda cheia de chamego:

- Com certeza Deus dos meus encantos.
fogueira de acampamento na floresta: splendiferoushoney
E se encaminhou faceira para a “Roda Cigana” Minha percepção não erra e com certeza Emre jogou algum feitiço de alegria nela. Sitaara rodou em volta dos “Amigos” Demorando a mão nas costas deles e os fazendo se arrepiar exato igual a ela. Quando parou no nosso querido Bardo Galeon... Colocou as mãos por cima dos ombros dele se debruçando junto ao seu ouvido e disse sussurrando... Não que fosse um segredo, mas queria mesmo mexer com a libido do Bardo que é um estopim de bomba.

- É a sua vez meu queridinho... O que vai contar? Uma daquelas histórias “picantes” que voce conta na taberna da Floresta? Se for eu vou adorar.

Galeon levantou-se tentando disfarçar seus olhos cinzentos que faiscavam... Foi gentil com Sitaara, mas visivelmente “aceso” quando disse:

= Que é isso minha querida Elfa! Aquelas são histórias para os Elfos embriagados de "Hidromel"! Aqui além de termos saboreado algumas bebidas alcoólicas estamos sóbrios. Não é mesmo meu amigos.
- Sim Bardo! Eu fiquei um pouco tonto, mas nada que me impedisse de contar minha história. Além de ter gostado muito do “Hidromel”! Eu pensava que nunca beberia nada a não ser as minhas cervejas artesanais que são feitas com os ingredientes dosados de modo artesanal. E que só é usada a cevada na receita. Não é igual essas porqueiras que a Ambev vende, por exemplo, que coloca quase a metade de milho e/ou arroz. - Disse Seth.

O que é Ambev? – perguntou Feir.

- Uma Companhia de Bebidas das Américas senhorita Elfa.
Agora vamos parar de contar história em grupo, quero ouvir nosso amigo Bardo.

 Concluiu Seth e o Bardo começou:

GALEON O BARDO
Com: A Elfa do Deserto

Vou contar uma das histórias mais marcante em minhas andanças por esse mundo cheio de histórias para serem Narradas.

= Era noite de lua cheia!
E na Floresta negra. A minha amada Lua prateada espiava sorrateira para imensidão que é Uhat.
Recostado em um carvalho e parado como se estivesse dormindo lá estava eu... 
Ao lado o meu amigo em silêncio. Somente vez ou outra eu falava um pouquinho com meu amigo que sentado ao meu lado de pernas cruzadas e balançava os pés um pouco deslocado, porque ele é muito conversador e eu não estava nos meus melhores dias... A lua que estava escondida entre a s nuvens, procurava pela floresta alguém... Olhando por todos os lados, até que avistou quem ela procurava... Esse Menestrel que voz fala.

Eu estava tristonho... E muito pensativo, sem nenhuma vontade de cantar. O meu inseparável alaúde descansava silencioso sobre as minhas pernas cruzadas, sobrepostas.
Por algum motivo; A lua queria que eu cantasse minhas belas e mágicas canções. Então teve a grande ideia! Fez-se linda e majestosa, redonda, amarelo ouro. Despejando seus raios e seu brilho maravilhoso sobre a Floresta e despertando-me daquele torpor. Assim que fui tocado pela imensidão dos raios da minha amada lua, peguei meu alaúde e comecei a tocar uma linda e triste canção que falava de um amor do passado... E... Cantei tocando o alaúde com todo meu coração.

As notas encantadas pelo meu sentimento percorreram a floresta, dando voltas sinuosas, passando através das folhas, desviando das árvores até chegar à beira do rio onde quem sabe minha amada me ouviria. Em seguida atravessou a floresta de volta ao meu coração que sentiu uma paz já esquecida, eu estava distraído olhando para meu amigo alaúde. Quando ouvi sons nas folhagens de um recém-chegado. Fiquei esperando ser algum elfo amigo meu que viera pela minha música, isso sempre acontecia... Mas foi uma Elfa do deserto... Percebi isso porque... Existia em torno dela, uma aura vaporosa sobrenatural, que fazia com que seus cabelos vermelhos e seus trajes da mesma cor, se movessem, mesmo quando não havia vento algum... 
Ela olhou-me como se eu estivesse em falta com alguma coisa. Talvez por ser eu um humano. 

Levantei-me imediatamente e chamei a recém-chegada para que se juntasse a meu amigo e eu. Fiz 
isso por ver que a elfa tinha na mão, uma flauta mágica que só os elfos sabem como tocar.
Entretanto a elfa receosa, não se aproximou de imediato. Ao perceber sua indecisão eu me apresentei.

= Não tenha receio de mim jovem Elfa! Sou muito conhecido por essas bandas e por outras! Chamam-me: O Menestrel

Só depois ela caminhou em minha direção. Mesmo assim desconfiada.
Ainda de pé, eu peguei o meu chapéu de pena que estava repousado na grama e pedi solicito a bela elfa que se sentasse e perguntei o nome dela; Ela me respondeu ríspida:

- Um Elfo das terras quentes! Do deserto!

Sem me importar com sua rispidez e ainda muito galante eu lhe disse que ela era muito bem vinda a minha Floresta;

- Sua Floresta senhor Menestrel?

Ela me perguntou debochada... Eu balancei a cabeça afirmativamente sorrindo! E com a mão que segurava o chapéu fiz um gesto indicando a manta de pele de carneiro ao meu lado para que ela se sentasse.
Após ela sentar-se, eu também me acomodei em minha manta, coloquei o chapéu ao lado e comecei puxando conversa. Dizendo:

= Eu estava aqui conversando com o meu amigo, ele precisa ir para longe e eu pedia que não fosse. Voce poderia me ajudar a convencê-lo? Sendo uma fêmea, talvez ele atenda.

- Seu amigo onde?

Enquanto ela perguntava, sentiu uma brisa morna em seu rosto e a voz desentoada do meu “amigo”.

*- Estou aqui elfa do deserto!

Neste momento ela viu um silfo azul passar junto ao seu rosto esvoaçando seus cabelos vermelhos e continuando o que dizia:

* Sou eu! Lazuli minha senhora. Um de seus súditos

- Que isso Lazuli! Fique á vontade. - Por favor!

A elfa falou oferecendo a ponta de sua manta ao pequenino Elemental.  Levantei-me e  fingindo um ar enciumado para que nosso encontro fosse mais tranquilo, eu perguntei ao pequeno Lazuli:

= Estás á roubar minha amiga? Pequenino?.

A bela Elfa muito altiva, retrucou:

- Eu não sou sua amiga, senhor Menestrel!

Fiquei deveras envergonhado... E para que ela não visse meu rosto corado... Levantei-me, virei  de costas e fiquei olhando ao longe! Mesmo de costas por ter a percepção aguçada, notei que a elfa observava minha indumentária. Gosto de me vestir com ostentação!
Estava trajando no dia uma túnica de seda azul escura, que eu mantinha desabotoada, por baixo apenas uma espécie de cintos largos, que cruzavam no tórax com uma pedra vermelha bem no centro. Era a minha Oriath. Um presente de um amigo Silfo. Calças negras de linho bem tecido, botas de couro escuro com detalhes em prata. Uma capa azul escuro com um brasão bordado em prata que repousava sobre meus ombros, presa por ombreiras prateadas. Um anel de prata com uma esmeralda em minha mão esquerda. Quando a vergonha passou eu virei-me novamente para eles. Fiz uma mesura para a elfa, e voltei a sentar. Em seguida peguei meu alaúde dizendo: para que os dois ficassem a vontade que eu iria tocar.

Ainda receosa a elfa faz um pequeno aceno com a cabeça concordando! Ela estava um pouco aliviada com a minha presteza e gentileza ao lhe convidar para sentar em minha manta, mas continuava um tanto desconfiada. Afinal era um humano que estava na sua frente. Depois que eu toquei uma canção para ela homenageando os Elfos do deserto.

(Os Elfos do deserto são de uma raça de exilados de outro plano élfico por um feiticeiro. Eles foram trazidos acidentalmente para a Floresta Negra em uma grande tempestade cataclísmica. Essa espécie se assemelha aos elfos que conhecemos, mas não possui nenhum parentesco direto com eles.
Os Elfos do deserto tratam com respeito e igualdade todas as demais raças, uma vez que se sentem também hóspedes em um mundo que não é o seu, e tentam retribuir o favor. São sempre muito amistosos com quem precisa deles, e fazem tudo o que podem para ajudar. São muito semelhantes à raça que lhe deu o nome, parecem-se muito com elfos. Mas com lã avermelhada, esguios e ao mesmo tempo mais bem constituídos. Suas orelhas são maiores e os olhos emanam um estranho brilho azulado.  O nome que utilizam para referir a si mesmo é bem mais complexo e difícil de traduzir. Bodo Boffin of Needlehole - Seres das Tormentas)

Vivem sempre sós, tentando encontrar uma forma de regressar ao seu mundo de origem.
Por serem vistos com a desconfiança típica dada aos forasteiros, os elfos do deserto são reservados e de poucas palavras. Mas são muito sociáveis. A Elfa agradeceu em Élfico, ainda me analisando:

- "Go raibh maith agat." – (Obrigada pela gentileza).

Embora estivesse desconfiada, ela não captou em mim nenhuma intenção oculta. Ainda mais que foi ela quem veio a mim. Eu também lhe respondi em élfico com um largo sorriso.

= “Conas deas bualadh duine a labhrann an teanga foraoisí”  (Como é bom encontrar alguém que fala a língua das florestas)

 Ela respondeu visivelmente surpresa:

- Oras  Menestreel! Voce vive na floresta! E todos falam o idioma da floresta na "floresta".

= Ah minha linda amiga! Todos estão querendo novidades, os jovens cada vez mais esquecem nossas tradições.


Lazuli disse com os cotovelos nos joelhos e as mãos no queixo.

*- Meu amigo Menestrel tem razão, os jovens não parecem querer participar deste mundo que vivemos e estão criando um novo mundo que está por vir.
A Elfa concluiu já mais tranquila entre nós dois.

- Realmente nosso amigo tem bons olhos... Eu queria participar de um torneio: As lutas corpo a corpo não são minhas especialidades, ainda mais sem um motivo bom. Mas sou boa com arco e flecha! Além dos meus poderes da tormenta, que com certeza eu talvez não pudesse usar no torneio. Mas os diretores e criadores acharam que sou frágil demais e negaram minha inscrição.

Servindo de pão e vinho para mim e Lazuli e uma doce maçã a elfa, eu concluí.

= Este torneio é de certa forma muito cômodo: levando em consideração a situação dos povos! 


A Elfa não concordava comigo e disse :

- Se fosse para todos! Nesse caso, seria um plano interessante envolvendo os povos...

Depois ficou olhando para mim, para ver ate que ponto eu entendi seu argumento enquanto rodava entre os dedos a sua flauta. Virei-me para ela, sorrindo. E disse.

=Você tem tino de um líder Elfa do deserto, e porte de Rainha.

Percebi que naquele momento ela abaixou a cabeça com melancolia. Fingindo não perceber, para deixa-la em paz com seus pensamentos eu retirei um pedaço de pão da algibeira e o mordi de leve. Engoli lentamente e retomei a conversa.

= Voltando ao assunto do tal torneio: o que te faz pensar que outras pessoas gostariam de participar do torneio a não serem os elfos fortes e robustos?


- Por que senhor Menestrel! Se os povos que não são lutadores e sim artesões, artífices, lavradores, agricultores e etc: Não estiverem prontos para uma guerra. Eles serão derrubados sem piedade e sangrarão diante do inimigo que reinará supremo! O Torneio é para que apenas um ser detenha o poder nas mãos e possa usá-lo em prol de todos. Por isso o torneio. Ele escolherá um vencedor justo. E então, sob uma só bandeira conheceremos a paz.

Quando a elfa acabou de concluir eu disse convicto:

= Eu nunca iria por em minha mão uma espada para derramar sangue em nome da guerra. Essas mãos somente dedilham notas de canções! Enquanto o Sol da paz não for ameaçado, elas jamais segurarão uma espada.


Nisso o silfo Lazuli que estava calado só ouvindo, falou como uma brisa leve, mas certeira.

*_ Você realmente pensa assim meu querido amigo Menestrel? Então, está afirmando, que, se visse seu povo sendo massacrado, dizimado, apenas cantaria uma canção e continuaria seu caminho pisoteando os corpos dilacerados pelo chão?
O sorriso desapareceu da minha feição de Menestrel por um momento, com aquela pergunta que surtiu o efeito de uma faca afiada. Quando retornou segundos depois eu só consegui dizer:

= Ah, meu amigo! Eu sou apenas um menestrel? Desculpem-me então. Prossiga senhorita.

E tornei a degustar meu naco de pão, percebendo como minha frase parecia ter deixado a elfa desconfortável e quieta. Achei melhor ignorar, e volta à minha refeição. Disfarçando minha grande burrada ofereci a ela o vinho de frutas silvestre dizendo:.

= Prossiga querida Elfa estou interessado nas suas conclusões!

A elfa que estava irada pelo meu desinteresse, vento minha súbita mudança de pensamento, deu um suspiro que suplantou sua raiva.

- Ah claro... Disse ela aceitando o vinho, e continuou:

- Bom... Sabemos que a situação do povo de Laht não é mais como antes. Alguém com a pele tão escura quanto uma noite sem luar, e cabelos tão vermelho como as labaredas de uma Salamandra está deixando o povo amedrontado...

= Ah! Se for assim estarei na torcida de seus feitos nesse tal Torneio Senhorita!


Eu disse num tom tão poético. Que a elfa voltou a atenção para mim.

- Gostei da sua afirmação Menestrel: "vou ganhar o torneio!" por isso.

= Irei torcer por você nos combates! Está certo Elfa do deserto? Mesmo não sabendo o que levam vocês a se aventurarem, correndo riscos e enfrentando a morte? Gostaria de entender o que lhes faz aceitar prontamente algo desse tipo. Pode me explicar?

Lazuli o silfo escorou novamente os cotovelos sobre os joelhos e com uma das mãos apoiou o seu queixo aguardando a resposta da elfa que dando leves mordiscados na maçã e respondeu:

- O mesmo que leva um menestrel "nos dias de hoje"! Viver por ai cantando e contando histórias pelo mundo... Mundo esse, onde todos vivem em uma total correria... 

Novamente ela me desarmou! E olha que isso é difícil. Meu bom amigo Lazuli salvou a noite dizendo:

- O meu amigo aqui. Senhor Menestrel Sonhador! Gostou mesmo de papear com minha amiga.

Eu perguntei a Lazuli:

= Você querido amigo Lazuli poder-me-ia dizer onde conheceu esta bela elfa?

Perguntei ao mesmo tempo em que levei a taça de vinho à boca.
Antes que Lazuli pudesse responder ela respondeu. E desta vez calmamente, lembrando o motivo que a trouxe até ali. Sua voz soava aveludada praticamente acariciando os nossos ouvidos.

- Nos conhecemos por essas florestas, rios e montanhas, Lazuli é uma pequena parte de meus ventos quando invoco a Tormenta. Temos os mesmos objetivos e os mesmos desejos que são: proteger e zelar pela natureza e pelos seres que nela vivem, sejam quais forem! Sendo assim acabamos por nos tornar bons amigos. Somos UNOs. O mesmo ideal têm um poder gigantesco para unir os seres, mesmo que sejam seres de raças diferentes. Não é Lazuli?


Lazuli confirmou ditando um provérbio de Elendil Elessar o Rei Elfo.

* - Como diz o nosso amigo Elendil: “Se você escolher o caminho errado! Todo meu esplendor se transformará na mais total escuridão num piscar de olhos”.

Eu terminei dizendo:.

= Bem, meu amigo Lazuli qualquer informação sobre nossa linda amiga, só poderá ser dita por ela mesma se ela assim desejar, é um Dom das mulheres guardarem segredos, isso as tornam misteriosas, não concorda Sr. Lazuli?

Lazuli concordou com a cabeça, pois estava com a boca cheia. Apos terminarmos de cear eu pedi a elfa que pegasse sua bela flauta de sopro e falei com um leve sarcasmo:

= Srta. Elfa do deserto! Daria a honra de um menestrel “nos dias de hoje” lhe acompanhar em uma de suas musicas é sempre bom ouvir algo agradável depois de comer em tão doce companhia.

Ela levantou-se pôs a mão no bolso e retirou a sua flauta mágica perante meu olhar encantado ao ver seu belo corpo em minúsculas vestes vermelhas esvoaçantes.  Ela disse com um belo sorriso que mostrava suas delicadas presinhas:

- Toquemos então como um brinde aos Deuses Élficos por nos proporcionarem uma conversa tão proveitosa!

E nós tocamos! Enchemos a "Floresta" com uma música alegre, nos mostrando bem afinados e em harmonia um com o outro. Com passos perfeitos de Dança ela me acompanhou como se já conhecesse a melodia. Tocamos por bastante tempo esquecendo-nos da hora.
Então quando encerramos a música, a elfa ficou sem graça porque eu dei uma piscadela para ela. Então ela disfarçou:

- O senhor é um homem de muitas qualidades, senhor Menestrel.

Após as músicas, eu contei feitos de alguns heróis locais, a elfa e o silfo ouviam com atenção quando percebi que lágrimas rolavam no rosto da elfa. Parei imediatamente de narrar àquelas histórias, retirei do bolso o meu lenço para que ela enxugasse as lágrimas.
Um pouco depois ela me contou o ocorrido no reino de Gladiah. Fomos embora e eu ainda estava tentando me desculpar:

- Não há culpa Senhor Menestrel! Você só queria nos alegrar eu que peço desculpas por ter estragado sua narrativa. 

E à partir deste dia sempre nos encontramos para tocar canções juntos. Trazendo alegria ao coração da minha amiga Elfa do Deserto
Como desculpa eu fiz uma canção para ela, Uma canção que fala do grande amor entre ela e Adriem. O Lobo que deu o nome a ela de "Tempest Elf"  (Elfa da tempestade) Lembra querida Feir? 
Que diz\ assim:

Incontáveis luas
A esperar
Com os cabelos de fogo
A buscar seu amor
Homem trancado
Num lobo
Rasgada dor
Feir Feir Feir 
Das Tempestades

(Musica de Emerson Campos)


Bem, Foi só um trechinho porque estou aqui para contar história e não para cantar...

Galeon levantou ao terminar a narrativa e fez uma mesura apontando para Tempest Elf do outro lado que ouvia emocionada.

Estávamos todos emocionados! Principalmente os que conheciam apenas o lado guerreiro de Feir. 
Os que conhecíamos uma Elfa que à princípio nos parecia arrogante, mas que nos guiou com coragem em um mundo que era como um inferno para nós. Demos a ela a liderança de grupo para invadir um mundo, onde para ela também era o inferno. E ela mostrou realmente ser uma ótima Líder e acima de tudo “amiga”.
E naquele momento descobríamos o Elfo triste e melancólico que se escondia atrás de toda altivez da "Tempest Elf" e que não conhecíamos.

Ao findar a narrativa de Galeon Magno colocou mais algumas toras na fogueira ofereceu a todos um cálice de “Hidromel” levado pelos elfos. Logo após todos se colocaram em seus lugares e Emre subiu em uma cadeira bateu palmas chamando a atenção e falou:

- Dedylson e Magno! Que são os senhores do acampamento. Eu como um componente de uma expedição muito dolorosa, pois perdi minha amiga querida a Amazona que todos voces conhecem quero pedir um favor. Sei que estará contra as regras. mas peço também a todos que não leve isso para o lado pessoal e se eu for atendido queiram usar isso.
 Peço aos lideres desse acampamento que deixem nossa querida  Elfa do deserto nos contar sobre ela e Adriem. Por favor me atendam!

- Não! Não! Não faça isso! É contra as leis e eu preso muito as leis.
Disse Feir. Elessar levantou-se e falou

= Eu como convidado especial peço a todos que atendam a Emre. Nem sei porque  "Tempest" não está na "Roda Cigana".

Eu me preparei para ouvir "Burburinhos! Uns contra outros a favor, mas pelo contrário todos gritaram

- QUEREMOS A ELFA DA TEMPESTADE NA "RODA CIGANA"!!!!!

 Dedylson levantou-se colocou nova cadeira e chamou:

- Venha sentar conosco "Tempest Elf" 

Feir se aproximou emocionada e tentando segurar as lágrimas. A alegria de ser querida, mesmo sendo um Elfo do deserto, a deixou mais linda em sua aura. vermelho alaranjado e suas vestes esvoaçantes. Ela sentou timidamente e Emre falou:

Eu te escolho Feir! Minha amiga Elfa do Deserto!


FEIR
Com: Adriem o Lycan
Está bem eu vou contar por pedido do Semideus e em homenagem a Amazona, mas eu não gosto de me lembrar deste ocorrido.

- Era noite de lua cheia.
Para nós os Elfos de qualquer espécie e raça é majestoso ver a lua em toda sua plenitude.
Ela estava mais linda do que nunca coma aura dourada em toda volta! Iluminava a “Floresta Negra” dos Elvis como se fosse dia. Eu era nova em Laht, mas já adorava as noites assim, estava caminhando distraída, por entre as árvores tocando minha flauta que foi um presente de um mago assim que vim parar no mundo élfico de Laht.

De repente! Como se a lua pudesse apagar como as lâmpadas... A noite se tornou escura. Estranhamente negra que se não fosse minha visão privilegiada eu não poderia dar um passo a frente, pois nada enxergaria.
Eu, um elfo do deserto que nada temia, continuei caminhando e tocando minha flauta, para mim era um fenômeno normal na “floresta negra” de Laht!
Aquele não era meu Habitat! Mas porque eu iria ter medo estando em um lugar onde todos me conheciam e passaram a me respeitar por meus feitos. Sabiam que eu era muito bondosa, mas também,  muito correta. Não admitindo erros que poderiam ser descartados...

Andava envolta pela escuridão, e perdida em meus pensamentos, pensando em como seria bom sentir sobre meus pés a areia quente e conhecida do meu mundo. Não que eu não gostasse, pelo contrário! Estava fascinada pelo verde do mundo élfico. Mas não era meu mundo. Parei de tocar, coloquei a flauta na cintura e sem me preocupar com nada eu caminhava enrolando um cacho de minhas lãs entre os dedos...
Assim como desapareceu do nada! A Lua retornou me trazendo uma grande vontade de tocar minha flauta outra vez. A lua tem esse poder sobre nós elfos. Ela faz-nos explodir de contentamento.

Após soltar algumas notas no ar das matas de Laht. Ouvi o crepitar de galhos... Parei de sobressalto! Era um som diferente de todos que eu já conhecia naquela floresta! Parecia... 
Um arfar de animal... Mas ao mesmo tempo parecia a voz de um humano sentindo dor...
Algo que novo para meus ouvidos élficos em minha longa idade.
Armada do meu arco, fiquei preparada, porém muito atenta!

Como era algo desconhecido eu não deixei a flecha a ponto de disparar, poderia atirar uma flecha na surpresa e matar ou ferir alguém que talvez não quisesse me fazer mal... Estivesse apenas precisando de ajuda. Então me preparei para evocar meu IK das tormentas. 
Abri os longos e esguios braços em arco. Pronta para a qualquer momento buscar os ventos que me protegeria com um escudo ou atacaria se fosse um inimigo..

Mas... Parei!!! Surpresa!!!! Diante do grande... Espanto!!!
Eu me via perseguida por um grande lobo negro e castanho com olhos flamejantes. 
Ele me olhava com indecifráveis olhos penetrantes. Ainda tentei buscar os ventos da tormenta...
Mas... Estava completamente estarrecida e espantada... Porque...
O grande lobo se transformou diante de mim em um humano magnífico!!!
... Com porte cigano, olhos muito azuis, musculoso, boca carnuda, a pele muito pálida e estava nu em pelo; Pensei:

Clement Becq

- me parece um Lycan... Mas não existe Lycans em Laht!

Ele se aproximou me deixando mais atônita ainda... Porque reconheci naquele maravilhoso ser...
O humano Lenhador que a tanto tempo vinha perseguido meu povo com intentos de destruir nossa floresta, derrubar nossas árvores. E assim... Dizimar todo povo élfico. Um elfo sobre nenhuma razão pode matar um humano.

Salvo durante uma guerra! Então esperavam que ele desistisse desse feito. Mas ninguém imaginava que ele fosse um Lycan.
Fui incapaz de dizer uma palavra se quer quando ele chegou bem próximo e com sua voz rouca e... Úmida me disse:

- Boa noite Elfa! Sou Adriem o lenhador, e você luz de meus olhos quem és? Ainda não tive o prazer de vê-la por ai. És Hospede dos elfos de Laht?

Eu respondi balbuciando... Quase sem pensar... Incapaz de fugir ou de atacá-lo:

- Fe...ir... Sou um elfo do deserto e... Aqui é meu novo lar...

- Oh! Um Elfo do deserto. De hoje em diante serás a MINHA "Tempest Elf" (Elfa das tempestades)

Incapaz também de dizer não! Quando ele me pegou em seus braços e me beijou de maneira irracional...
Depois daquele beijo que me tirou da terra, me fazendo flutuar... Levitar no contexto da palavra. Ele falou tão sensual no meu ouvido:

- Em minha carreira noturna como lobo pela “Floresta Negra” Fui hipnotizado e não resisti ao chamado da sua flauta mágica.
Que emite o silvo de ventos sul... Supersônico para um lobo.

Assim que ele me soltou eu fugi olhando para trás e querendo voltar. Uma força incomum me chamava de volta a ele.
Mas era insólito eu aceitar o carinho... De um Humano Lobo um Lycan devorador de Elfos e um humano dizimador da floresta.
Ao me ver fugir, sendo eu um elfo e muito ligeiro ele transformou-se novamente em lobo e me perseguiu pela floresta.

Era notável seu desejo de acasalar e me reivindicar como sua companheira mesmo sem o meu consentimento. Naquele momento ele... Pensava como uma fera e não como um humano!
Ele era um animal que seguia seus instintos.

Mas para minha sorte os instintos de homem foram mais fortes, e ele conseguiu me cercar me tomou em seus braços novamente e me conquistou. Assim encontrei meu primeiro amor, nos braços de um humano – lobo! Um Lycan

Ainda atordoada eu percebi com um misto de euforia e pavor, que havia um perigo maior do que aquele acasalamento com um humano que virava um lobo.
Ele era Adriem! O Lenhador que perseguia o povo que me acolheu.

Então o encontrei em um dia que não teria lua cheia, para que ele estivesse em seu juízo perfeito e disse a ele que não queria mais vê-lo. Que ele deveria por isso em sua mente, para que quando fosse um lobo ainda se lembrasse da minha ordem.

Depois de muito relutar, me contar sua história, dizer-me que não era culpado de ser um lobo, me contar sobre a magia que foi feita.
Eu disse que nem assim. Que eu o queria o mais longe de Laht nas noites de lua cheia. Tentei permanecer imparcial!

Mas cada vez que revivia a forma obscuramente fascinante do meu lobo, aquele que queria minha alma e despertava em mim desejos mais e mais selvagens. Ficava entre o abismo e o paraíso.
Sentia que a cada dia que passava... Eu ficava mais perto de perder meu poder, minha invulnerabilidade, minha vida... Meu povo... Minha floresta...

Meus amigos elfos perceberam claro! E entraram em desespero!
Todos sabiam que não poderiam aceitar um obscuro amor que ia contra todas as regras.
Um Lycan e um Elfo.
Eles sabiam também, que, não poderia combater o inimigo que estava mais perto do que nunca Imaginaram.
O Lycan agora se encontrava no seio da floresta, entre o povo élfico.
Dentro do coração de Feir Merenwën! a Elfa a quem eles pediram ajuda contra o Lenhador! Porque os elfos do deserto eram exímios em assuntos políticos, participando ativamente das decisões que beneficiavam a tribo. Feir! A única que eles confiavam que poderia salva-los... Agora poderia ajudar a dizimá-los.

Meus pais para formar alianças com os povos aceitaram o pedido de casamento do Rei Agrond de Gladiah para mim.
Casamos-nos unindo Last a Gladiah.
Apesar disso Adriem e eu não conseguimos evitar, ceder ao Feroz desejo que ardia entre nós.
Então contei a Agrond que era meu grande amigo além de meu consorte. Ele me ajudou a ficar longe de Adriem e com o tempo e a dedicação dele eu passei a gostar dele e não me lembrar mais de Adriem... Até que...

Tempest cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar. Elessar levantou foi até ela e a consolou em seus braços. Depois disse a todos que estava bom até aí. Que Feir não iria contar mais.

Emre estava muito sentido e sem ação. Não esperava que fosse assim... Pensou que tivesse sido uma história bonita. Dedylson pediu que todos fossem tomar um aperitivo se alimentar que logo voltaríamos a “Roda Cigana”. Depois que Elessar conseguiu acalentar a elfa ela foi para perto de Anárion e Ele veio até nós juntou-nos e disse baixinho uma coisa que nos fez ficar com a consciência pesada por ter insistido que “Tempest” nos contasse sobre ela e o lobo. Galeon estava inconsolável por ter sido ele a tocar no assunto. Ele mais que qualquer um ali conhecia sua amiga.

Estávamos todos tristes quando Feir chegou perto de nós e disse:

Pessoal! Foi só um momento de angústia ao lembrar certas coisas. Mas não vamos ficar assim. Vamos voltar a ”Roda Cigana” E como voces me colocaram na Belinda. Eu vou escolher o próximo “Contador”. E não aceito recusa.

Eu escolho... Uma pessoa que está se todo, todo achando que não vai ser escolhido. Façam a roda.

Quando fizemos a roda novamente Feir falou:

- Agora é a sua vez.....
........

Comentários

  1. As notas encantadas pelo meu sentimento percorreram a floresta, dando voltas sinuosas, passando através das folhas, desviando das árvores até chegar à beira do rio onde quem sabe minha amada me ouviria. Em seguida atravessou a floresta de volta ao meu coração que sentiu uma paz já esquecida.. trecho lindo da história.

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  2. As notas encantadas pelo meu sentimento percorreram a floresta, dando voltas sinuosas, passando através das folhas, desviando das árvores até chegar à beira do rio onde quem sabe minha amada me ouviria. Em seguida atravessou a floresta de volta ao meu coração que sentiu uma paz já esquecida.. trecho lindo da história.

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